sexta-feira, 21 de junho de 2013

Porta e afins - 31

Porta da saudade
Cemitério Prado do Repouso, Porto

Antes demais, uma explicação do porquê desta porta (lá por não ter puxador, penso que se possa considerar na mesma porta).
Depois do Remus ter considerado que tinha superado o desafio da Porta da Casa de Banho, lançou-me outro. Mas, desta vez não era possível retratar o que pedia, pelo menos daquela forma. Pelo que, sem fugir totalmente ao pedido, "contornei" o desafio lançado.

Agora, uma breve explicação sobre quem são aquelas pessoas maravilhosas ali identificadas.
As duas de cima são os meus avós paternos, e o meu tio, que nunca conheci.
Os meus avós nasceram em Arcos de Valdevez e vieram viver para o Porto.
O meu avó foi alfaiate, durante muitos anos, com estabelecimento na Rua de Santa Catarina, quase em frente ao edifício que agora é o Via Catarina, mas anteriormente foram as instalações do jornal "O Primeiro de Janeiro".

Enquanto não fui para a escola primária e como os meus pais trabalhavam, todos os dias vinha para casa dos meus avós. Todos os dias ia com a minha avó ao Mercado do Bolhão e à mercearia Pérola do Bolhão. Muito brinquei com os botões que o meu avó tinha na alfaiataria...

A saudade é uma porta que nunca se fecha, assim como o amor por certas pessoas.

9 comentários:

  1. Muito bom, é uma foto que faz uma grande homenagem à tua família e que quase responde ao desafio proposto pelo Remus., fica a 80%.
    Abraço

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  2. Não sei que DESAFIO foi ( se soube, já me esqueci ).

    A imagemé muito bonita, tanto pela composição, como pela incidência da luz.


    PAZ às almas dos seus familiares.

    Quem o não vai deixar sossegado é o REMUS por causa da linha oblíqua...

    Essa alfaiaria não foi onde nos últimos anos esteve, salvo erro, no 2º andar, o Augusto Machado ?

    Um abraço.

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  3. «desta vez não era possível retratar o que pedia»
    Não concordo com esta frase, porque acho que nesta vida e principalmente em fotografia, tudo é possível. Basta existir/ter os meios para tal.
    Neste caso, acho que bastava ter a lata de pedir a alguém, se deixava tirar uma fotografia de dentro de um jazigo. Mas em alguns cemitérios, se calhar nem precisava de o fazer, já que existem alguns jazigos que estão sempre abertos.
    Mas se me perguntar, se eu tinha a lata de pedir?
    Eu respondo prontamente que não. Mas por isso mesmo, é que sugeri esse desafio, porque sei que o amigo Questiuncas "tem-nos no sítio".
    :-P

    Mas falemos do desafio e da fotografia.
    Ao ler um texto assim, tão pessoal e intimo, quem é que fica com coragem de começar a falar em linhas e coisas afins?
    :-)

    É uma daquelas fotografias que é muito pessoal e onde a história praticamente eclipsa a fotografia.
    É um excelente post e uma excelente homenagem.

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  4. Zekarlos: também foi essa a minha ideia, a de homenagear duas pessoas muito importantes da minha vida.

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  5. João:
    quanto ao desafio é só seguir o segundo link do texto (vai dar à porta 26) onde o Remus sugeriu este desafio.
    Quanto à linha obliqua, a fotografia foi tirada, ligeiramente, de cima para baixo, daí ter ficado com essas linhas oblíquas. Mas também estou com a impressão de que a minha objectiva nestas circunstâncias exagera neste efeito óptico.
    Quanto à alfaiataria não é a que está a pensar.
    Um abraço.

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  6. Remus:
    quanto ao desafio, um dos problemas era o material (a objectiva). Um jazigo é um espaço pequeno e apertado, com a minha objectiva não iria conseguir tirar nenhuma fotografia - não te esqueças das dificuldades em fotografar a Capela das Almas, mas não desisti de a fotografar.
    Olha que eu não sou pessoa de ter muita lata, e se calhar esse é uma das razões que não faço fotografia de rua (fotografar pessoas).

    Quanto às linhas lê a minha resposta ao João.

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  7. Gostei muito da homenagem que fazes aos teus familiares e às boas recordações que andam contigo desses tempos já passados.
    Cada vês há menos Alfaiates e chego a temer que também essa profissão esteja em vias de extinção!

    P.S- A Rua de Sta Catarina fez-me lembrar as intermináveis jogatanas de "Monopólio" que jogávamos horas a fio...

    1 bj

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  8. Que palavras bonitas Questiuncas e com toda a certeza merecedoras aos teus avós que te acompanharam na infância :)

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  9. Lindo texto homenageando pessoas de tanta importância em sua vida.
    Saudades... uma palavra que levamos para o resto de nossas vidas em nossos corações.

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