sexta-feira, 4 de agosto de 2006

638 - Fidel; CIA => paranoicos; doidos

O título é um bocado esquisito, mas depois de explicado facilmente se entende.
Agora que Fidel Castro está no banco dos suplentes, os "Salvadores do Mundo" (leia-se os paranoicos; doidos, etc) os americanos, estão a esfregar as mãos de contente. Já falta pouco, pensam eles. Mas será?
Numa das minhas muitas leituras, descobri uma notícia publicada no Público de hoje (04/08/06) que falava dos planos da CIA para eliminar o Comandante Fidel (assim dizem os iludidos), pelo menos 638 planos ou tentativas para o liquidar. É obra.
Desde um plano com charutos explosivos ou contaminados com toxinas - ideia desenvolvida pela CIA no início dos anos 1960 e mais tarde abandonada (não se sabe se antes ou depois de Castro ter deixado de fumar, em 1985).
Documentos tornados públicos durante a presidência de Bill Clinton revelaram que a CIA chegou a comprar enormes quantidades de moluscos das Caraíbas com o propósito de identificar uma espécie cuja concha pudesse conter uma quantidade letal de explosivos - esquema a pôr em prática numa das ocasiões em que Fidel fosse fazer pesca submarina.
Outro plano abortado passava por infectar um fato de mergulho com um fungo que provocasse uma doença de pele crónica e extremamente debilitante. O relato de Escalante passa obrigatoriamente pelo fiasco da Baía dos Porcos, em 1961, dando conta de que o objectivo dos dissidentes cubanos apoiados pelos EUA na tentativa de derrube do poder em Cuba era o de assassinar não apenas Fidel, mas também Raúl Castro, o seu irmão mais novo, e Che Guevara. Dois anos mais tarde, no mesmo dia em que o Presidente norte-americano Kennedy era assassinado, foi enviado para Cuba um agente secreto com uma seringa disfarçada numa caneta, mais uma vez, para matar Fidel.
Foram também dadas pílulas de veneno a uma antiga amante de Fidel, mas o plano da mulher fatal falhou.
Um empregado do Hotel Havana Libre foi pago para colocar veneno num dos batidos que Fidel ali ia beber com regularidade: o plano falhou. Foram preparados venenos bacteriológicos para pôr no lenço de bolso de Fidel: o plano falhou. E tentou-se ainda o assassínio a tiro, pelo menos em duas ocasiões, mas os atiradores tiveram tanto sucesso quanto os venenos. A mais recente e séria tentativa ocorreu há seis anos, numa visita de Castro ao Panamá, em que foi planeado colocar 90 quilos de explosivos sob o palanque onde iria discursar. A equipa de guarda-costas de Fidel fez uma vistoria de segurança e abortou o plano. (notícia retirada do Público).
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2 comentários:

  1. É de facto muito interessante aquilo que escrevi, ups...

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  2. Muito interessante não. Muitíssimo interessante.

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